Fratura da bacia

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 Nota: Para fraturas femorais proximais, veja Fratura da anca.
Fratura da bacia
Fratura da bacia
Radiografia pélvica em que se observa fratura aberta
Sinónimos Fratura pélvica
Sintomas Dor na região pélvica que se agrava com o movimento[1]
Complicações Hemorragia interna, lesões na bexiga, trauma vaginal[2][3]
Tipos Estável, instável[1]
Causas Quedas, acidentes rodoviários, atropelamento, lesão por esmagamento[2]
Fatores de risco Osteoporose[1]
Método de diagnóstico Baseado nos sintomas, confirmado por radiografia ou TAC[1]
Condições semelhantes Fratura femoral, fratura vertebral, lombalgia[4]
Tratamento Controlo da hemorragia (enfaixar com tecido ou ligante pélvico, angiografia com embolização), hidratação[2]
Medicação Analgésicos[1]
Prognóstico Estável: favorável[1]
Instável: risco de morte ~15%[2]
Frequência 3% das fraturas em adultos[1]
Classificação e recursos externos
CID-11 2101942687
DiseasesDB 9739
eMedicine 825869
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Uma fratura da bacia é uma fratura óssea nos ossos da bacia.[1] Especificamente, o termo denomina qualquer fratura no sacro, nos ossos da anca (ísquio, osso público, ílio) ou no cóccix.[1] O sintoma mais evidente é dor na região pélvica que se agrava com o movimento.[1] Entre as possíveis complicações estão hemorragias internas, lesões na bexiga e trauma vaginal.[2][3]

Entre as causas mais comuns de fraturas na bacia estão quedas, acidentes rodoviários, atropelamento ou lesões por esmagamento direto.[2] Em pessoas mais novas geralmente é necessário um trauma significativo para fraturar a bacia, enquanto em pessoas idosas mesmo traumas ligeiros podem resultar em fraturas.[1] As fraturas da bacia dividem-se em dois tipos: estáveis e instáveis.[1] As fraturas instáveis dividem-se nas de compressão ântero-posterior, compressão lateral, cisalhamento vertical e mecanismos combinados.[2][1] O diagnóstico é suspeito com base nos sintomas e num exame físico e pode ser confirmado com radiografia ou TAC.[1] Nos casos em que a pessoa está alerta e não apresenta dor na região da bacia, geralmente não são necessários exames imagiológicos.[2]

O tratamento de emergência geralmente consiste em medidas de suporte avançado de vida em trauma para estancar a hemorragia e hidratar a pessoa.[2] O controlo da hemorragia pode ser feito com recurso ao enfaixamento das fraturas pélvicas instáveis com tecido ou na sua estabilização com um ligante pélvico.[2] Nos casos em que a hemorragia persiste pode ser necessária angiografia com embolização.[2] Após a estabilização do paciente, a bacia pode necessitar de reconstrução cirúrgica.[2]

As fraturas da bacia correspondem a cerca de 3% de todas s fraturas ósseas em adultos.[1] As fraturas estáveis geralmente têm prognóstico favorável.[1] No entanto, em fraturas instáveis o risco de morte é de cerca de 15%, valor que pode chegar aos 50% quando a fratura está associada a baixa pressão arterial.[2][4] Em muitos casos, as fraturas instáveis estão associadas a lesões noutras partes do corpo.[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n o p «Pelvic Fractures». OrthoInfo - AAOS. Fevereiro de 2016. Consultado em 17 de maio de 2018 
  2. a b c d e f g h i j k l m ATLS - Advanced Trauma Life Support - Student Course Manual 10 ed. [S.l.]: American College of Surgeons. 2018. pp. 89, 96–97. ISBN 9780996826235 
  3. a b c Peitzman, Andrew B.; Rhodes, Michael; Schwab, C. William (2008). The Trauma Manual: Trauma and Acute Care Surgery (em inglês). [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 322. ISBN 9780781762755 
  4. a b Walls, Ron; Hockberger, Robert; Gausche-Hill, Marianne (2017). Rosen's Emergency Medicine - Concepts and Clinical Practice E-Book (em inglês). [S.l.]: Elsevier Health Sciences. pp. 577, 588. ISBN 9780323390163 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]